quarta-feira, 22 de junho de 2011

Fórum: FMI aponta para 4,3% crescimento do PIB real mundial

Luanda – O vice-governador do Banco Nacional de Angola, António André Lopes, informou hoje, em Luanda, que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real mundial deverá rondar os 4,3 porcento em 2011, com as economias desenvolvidas a crescerem apenas 2,2 porcento e as emergentes 6,6%, segundo o FMI.

António Lopes acrescentou que o crescimento da economia mundial foi revisto em baixa, quando comparado aos 4,5%, projectados em Abril do corrente ano, como consequência da diminuição da produção industrial e do consumo na terceira maior economia mundial (o Japão), derivado, principalmente, do terramoto e tsunami do mês de Março.

Segundo informações publicadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), referiu quando intervinha no I Fórum Banca, o PIB da economia mundial terá registado em 2010, um aumento de 5,1 porcento em grande parte justificado pelo crescimento inesperado do consumo privado nos EUA e no Japão, contrariando os receios de alguns analistas.

“Em 2010, fruto das medidas tomadas pelas principais economias para fazer face à crise, a economia mundial mostrou sinais de recuperarão, tendo-se assistido a um crescimento moderado das economias mais avançadas, apesar da turbulência nos mercados de dívida soberana em alguns países da zona Euro e do aumento dos índices de desemprego” – frisou.   

Por outro lado, disse o vice-governador do BNA, a inflação registada nas principais economias emergentes como China, Brasil e Índia, e as medidas adoptadas pelas suas autoridades monetárias, nomeadamente o aumento das taxas directoras, irão conter o crescimento dessas economias no corrente ano.

Portanto, referiu, a actual conjuntura global faz denotar ainda um elevado grau de incertezas, consubstanciados na volatilidade e aversão ao risco que se apresentam elevados, na liquidez bastante apertada, nas preocupações com as dívidas soberanas de países europeus e na sustentabilidade da recuperação da economia americana.

De acordo com António André Lopes, perante esse quadro, assiste-se nos últimos anos um processo de consolidação dos sistemas de informação, visando dotar os bancos e as autoridades reguladoras de instrumentos que permitam gerir, de modo mais eficaz, o risco inerente à actividade bancária.

Promovido pelo Jornal Expansão e o Diário Económico, o I Fórum Banca decorreu no Hotel Trópico e juntou especialistas do sector para debaterem as “tendências da banca mundial” e “o futuro da banca em Angola – sustentabilidade financeira, competitividade, consolidação e sofisticação tecnológica”.

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