quarta-feira, 30 de março de 2011

Libya/War: Ugandan protesters in support of Libyan President Moammar Gadhafi

Ugandan protesters shout slogans in support of Libyan President Moammar Gadhafi as they display banners with his image, at the Pan African Freedom Square in Uganda capital Kampala, Tuesday March 29, 2011.

 

A woman shouts slogans in support of Libyan President Moammar Gadhafi as she carries his photo, at the Pan African Freedom Square, in Uganda capital Kampala Tuesday March 29, 2011. Police in Uganda say they stopped supporters of Libyan leader Moammar Gadhafi from marching toward and possibly attacking U.S. and other embassies in Kampala. A group of several hundred Africans from countries like Kenya, Somalia, and Tanzania held an anti-U.S. rally where they held signs like "Down with America" and "Down with Obama." (AP Photo/Stephen Wandera)

 

 

 

A man holding a placard shouts slogans in support of Libyan President Moammar Gadhafi, at the Pan African Freedom Square, in Uganda capital Kampala Tuesday March 29, 2011. Police in Uganda say they stopped supporters of Libyan leader Moammar Gadhafi from marching toward and possibly attacking U.S. and other embassies in Kampala. A group of several hundred Africans from countries like Kenya, Somalia, and Tanzania held an anti-U.S. rally where they held signs like "Down with America" and "Down with Obama." (AP Photo/Stephen Wandera)

segunda-feira, 21 de março de 2011

Líbia/Guerra: Carta ao americano Presidente Barack Husseim Obama, de Kingamba Mwenho

Caríssimo Barack Husseim Obama,
aceite as minhas melhores saudações!

Enquanto escrevo estas linhas o sangue de pessoas inocentes escorre pelas artérias de Tripoli e outras cidades da Líbia. A intervenção militar que estais levando a cabo é ilegal, é colonialista e é injusta. De ti, Senhor Presidente Obama, ninguém esperava uma decisão do género: uma guerra oportunista pelo petróleo e outros recursos naturais e por espaços aonde instalar novas bases militares. Até mesmo a possibilidade de dividir a Líbia é suja quanto sanguinária considerando as consequências dessa acção militar e económica.

Quando fostes eleito, todos viram na tua eleição uma esperança real para o mundo, esperamos para América uma nova época de decisões políticas ponderadas, de bons exemplos em termos de respeito entre as nações, iniciativas de grande respiro que poderiam ate mudar o modo de fazer política em muitas partes do mundo.  Tu eras uma pequena esperança deste mundo, muitos viram em ti o “escolhido”, aquele que sempre se esperou para mudar as actuais sortes do mundo: a começar dos problemas crónicos dos Estados Unidos que infelizmente são espelho de muitas realidades globais.  Mas analisando o que fizestes até agora, se vêm mais desilusões que elementos de esperança. Nestas horas estás acabando de matar as nossas esperança,  estas  mutilando  as nossas aspirações estás queimando tudo aquilo que sempre afirmastes: a luta por um mundo melhor, um mundo aonde o direito e a dignidade dos povos é mais importantes do que os negócios das grandes lobbies internacionais.

Cada  hora que passa as acções do grupo de “oportunistas sob a tua liderança” está ceifando vidas e não salvando-as, está complicando a situação económica e político-militar do Norte África e não melhorando. Aquilo que se vê é uma grande vontade de ocupar a Líbia e repartir-se as suas riquezas porque são muitas as interrogações sem respostas. Eis algumas:

1) Como explicar a lentidão do processo diplomático - por parte das Nações Unidas e das várias potências ocidentais com interesses em Líbia - no momento em que Muammar Gaddafi se encontrava em dificuldades? Se a “Diplomacia da ONU” estivesse em favor do líbios teria aproveitado aquele momento para instaurar um processo de paz no qual Muammar Gaddafi acabava saindo da política e o país marcharia para uma nova era,  íntegro e com dignidades.

2) Como justificar a aceleração nunca vista das decisões das Nações Unidas em vista das acções militares em Lìbia? Todas as guerras são inúteis: vimos no Iraque e em muitos outros países. Se a intenção é tirar Muammar Gaddafi do poder a guerra não é a solução, nunca será, porque o post-Gaddafi será mais complicado acabando por levar mais vidas do que aquelas que lá se foram ate ao momento. Um elemento não menos importante: é absurdo que o presidente de um país diga ao Chefe de uma outra nação para deixar o poder. O que dizer então de George Bush Jr. quando após os potentes bombardeamentos e ocupação do Iraque viu que a guerra continuava, que as motivações da guerra eram falsas, que as suas acções e decisões aumentaram as mortes e não instauraram uma democracia... não se demitiu, mas é um sanguinário e o mundo pedia a sua testa.

3) Como explicar a elaboração da Resolução 1979 das Nações Unidas que institui uma “No fly zone” com termos vagos e chacal/colonizadores mesmo sabendo que nenhum dos beligerantes quer a presença militar Ocidental em solo líbio? Esta resolução foi feita com a maior abertura de interpretação e muitas armadilhas lexicais  que nos levam a crer que a invasão de terra também já fora preparada com antecedência. Nem a Liga Árabe, nem a União Africana, nenhuma outra organização aceitou uma opção do género, mas as forças ocidentais as prepararam e as estão a aplicar.

4) Como explicar a presença de uma centena de militares ingleses (Cfr. notícias da Ansa/BBC/The Times) em Líbia três semanas antes da aprovação da Resolução das NU sobre a “No fly zone”? A Coroa inglesa antecedeu tudo enviando mais de cem homens das suas brigadas especiais a fim de ajudar os rebeldes (pura violação do solo líbio e muitas convenções das Nações Unidas). Isto me leva crer que as potências ocidentais prepararam a guerra com antecedência tendo em conta todos os detalhes para eliminar Gaddafi e ate mesmo a divisão do país.

5) Como explicar o rápido reconhecimento, por parte das potências ocidentais em causa, do Grupo de rebeldes sem referências e com possíveis infiltrações terrorítiscas num cenário de política internacional no qual um legítimo Governo decide de resolver os seus problemas internos?

6) Como explicar os debates sobre a divisão das riquezas líbias que as televisões, rádios e jornais ocidentais estão levando a cabo? Hoje é mais claro que nunca que o controlo do petróleo líbio é a primeira intenção desta intervenção, esta é a primeira conclusão de todos os debates mediáticos. Diz-se que um elefante não se esconde atrás de um caniço... o mesmo sobre esta guerra.

São muitas as questões sem resposta. Não encontro explicações sobre a quantidade de meios militares acumulados entorno a Líbia, tudo é surreal, é triste porque si afirma mais uma vez o direito da força e não a força dos direitos humanos.

Senhor presidente, se a vossa intenção era marcar a história com um timbro de fogo benigno, o intervenção em Líbia constitui um passo falso, é uma das tuas piores decisões e te recordarás para sempre. Serás recordado como presidente cuja a BOA fama foi maior que as suas reais acções e sobretudo como um político tele-Guiado que em vez de levar a esperança em África, utilizou as Nações Unidas para permitir a infiltração dos poderes fortes do petróleo e do gás em Líbia. As guerra de ocupação são sanguinárias, são tristes, são perigosas para inteira comunidade internacional, são terríveis e restam na memória histórica dos ocupados.

Senhor Presidente, estás ainda em tempo, e tens todo o poder para pôr fim (TO STOP) a máquina infernal da guerra, e diga a aos teus amigos que o solo líbio pode tornar-se num outro Afghanistan, senão uma outra Somália. Não queremos um outro Estado fantasma em terras africanas (Cfr. Somália), não queremos outras ocupações em estilo colonizador (Cfr. Iraque). Todos os povos querem sistemas de governo democráticos, mas como sabemos que esta não se EXPORTA, quem quiser ajudar comece financiando as organizações sociais que se batem para o efeito. A formação, a formação antes de tudo é o caminho para a democracia, a violência provoca violência e não leva a lado nenhum.

Sobre guerra o General William Sherman disse uma vez  que somente aqueles que nunca deram um tiro, nem ouviram os gritos e os gemidos dos feridos, é que clamam por sangue, vingança e mais desolação. A guerra é o inferno. Esta aventura vai terminal mal para os pobres, para os civis e bem para as potências ocidentais já prontas para aumentar a produção do petróleo.

Cordialmente,

Kingamba Mwenho!

domingo, 13 de março de 2011

Angola/Democracia: Centenas de viaturas na passeata da Unita em Luanda

Cerca de uma centena de viaturas, entre autocarros, motorizadas e automóveis ligeiros, integram a passeata organizada hoje em Luanda pela UNITA, o maior partido da oposição em Angola, alusiva aos 45 anos de existência desta formação política.

O local de concentração, inicialmente programado para o Largo das Escolas, na zona do Primeiro de Maio, foi alterado porque, segundo o Governo da província de Luanda, estava igualmente prevista a concentração de um outro partido, FNLA (Frente Nacional de Libertação de Angola), que hoje também realizou uma passeata em Luanda.

No Campo Felício, localizado no Bairro do Cassenda - novo local para a passeata da UNITA -- estavam, ao fim de três horas, concentradas centenas de viaturas que partiram para o município de Viana, a cerca de 20 quilómetros, onde será realizado um ato político e cultural.

Lusa/GL

Governo de Angola diz que navio americano terá armas a bordo, para além das munições

As autoridades locais, em Benguela, apresentaram uma proposta a Luanda para a descarga das 15 toneladas de bens alimentares que seriam destinados a outros países africanos, entre os quais Moçambique.

As autoridades angolanas dizem agora suspeitar que, para além de munições, o navio americano retido no porto do Lobito, também transportará a bordo armamento, soube a Voz da América.

Fontes a que a VOA teve acesso adiantam que as autoridades locais, em Benguela, apresentaram uma proposta a Luanda para a descarga das 15 toneladas de bens alimentares que seriam destinados a outros países africanos, entre os quais Moçambique.

Mas, o governo de Luanda está a ponderar uma decisão receando pelos constrangimentos que a acção do descarregamento da mercadoria possa provocar ao porto comercial do Lobito.

Uma fonte da direcção do porto, contactada pela Voz da América, alegou falta de capacidade daquela unidade portuária para responder à demanda, sem dar mais detalhes sobre o assunto.

Recorda-se que o navio cargueiro comercial de bandeira dos Estados Unidos, o “Maersk Constellation”, e a sua tripulação estão retidos no Lobito desde o dia 28 de Fevereiro devido a questões aduaneiras, depois das autoridades angolanas terem descoberto a bordo um carregamento quatro contentores com munições.

A propósito, o partido no poder em Angola (MPLA) acusou os Estados Unidos da América de estarem a rearmar a UNITA.

O governo do Quénia fez saber, posteriormente, que as munições lhe pertencem, mas o governo angolano alega que, para além de cartuchos, o cargueiro transportará armamento.

Antes do pronunciamento das autoridades quenianas, Luanda condicionava a saída do navio do Lobito à confirmação por parte do Ministério da Defesa queniano de que o material bélico retido se destinava ao Quénia.

Fontes da VOA informaram ainda que as autoridades angolanas estão a levantar, também, a questão do estatuto legal dos 23 tripulantes do navio que estão retidos no Lobito sem visto. Esta posição foi confirmada por Daniel Villanueva, porta-voz da embaixada americana em Angola. Villanueva diz que, até ao momento, a situação legal dos cidadãos americanos, a bordo do “Maesk Constellation”, está indefinida. E adiantou, a propósito: “Não temos uma data fixa para a saída do navio. Estamos a trabalhar para encontrar a solução num futuro breve” disse o porta-voz da embaixada.

Num comunicado entregue à VOA, a proprietária do navio detido, a companhia Maersk Line, dá conta que continua a cooperar com o governo americano e angolano, para assegurar o bem-estar da tripulação.

VOA News

Isabel dos Santos domina Continente; accionista maioritária rede de hipermercados da Sonae

A empresária Isabel dos Santos deverá ser a accionista maioritária na rede de hipermercados da Sonae em Angola, cujo arranque deverá anunciado nas próximas semanas, apurou o SOL.

A entrada no mercado angolano do grupo português liderado por Paulo Azevedo vai ser realizada através da marca Continente, apesar de a hipótese de criar supermercados de raiz ou adquirir insígnias locais existentes também estar em cima da mesa. Paulo Azevedo também já manifestou interesse em criar uma espécie de 'Clube de Produtores' em Angola, à imagem do que acontece em Portugal.

O modelo de investimento era o único 'entrave' nas negociações da Sonae DC - subsidiária para o retalho do grupo - com Isabel dos Santos, que se 'arrastam' há mais de um ano. Contactada pelo SOL, fonte oficial da Sonae recusou fazer comentários.

A parceria da empresária com a Sonae reforçar a presença ou ligação da filha do presidente de Angola a empresas portuguesas. Desde Março de 2009 que Isabel dos Santos detém uma participação de 9,7% no BPI, através da sociedade Santoro. A empresária angolana é ainda dona de 10% da Zon Multimédia, através da Kento. A joint venture entre a operadora portuguesa liderada por Rodrigo Costa e Isabel dos Santos, estabelecida em Fevereiro do ano passado, deu lugar, entretanto, a um projecto de televisão por satélite em Angola - Zap, onde detém 70%.

Nova marca Continente

As novidades do grupo de Belmiro de Azevedo não ficam por aqui. Na próxima segunda-feira, a Sonae apresenta oficialmente a fusão entre o Modelo e o Continente, o que «assinala uma nova etapa no sector da distribuição em Portugal», explica o grupo em comunicado. Como foi avançado pela imprensa, o Continente vai ser a marca umbrella do grupo.

O SOL apurou que a insígnia vai dividir-se em três conceitos distintos, de modo a 'substituir' as actuais marcas de retalho do grupo: Continente, Continente Modelo e Continente Bom Dia - que 'sucede' aos supermercados Modelo Bonjour. O próximo 'grande' anúncio da Sonae deverá ser a ida para Angola.

Recentemente, a Sonae também decidiu seguir os passos do principal concorrente, a Jerónimo Martins, e apostar nas redes de mercearias. Através de parcerias com comerciantes locais, a dona do Pingo Doce criou a marca Amanhecer, e a Sonae as mercearias Meu Super.

Além de Portugal, a Sonae está presente em Espanha, com 47 lojas no retalho especializado, com insígnias como Worten, Sportzone e Zippy.

SOL

quinta-feira, 10 de março de 2011

Muamar Kadafi: Conheça os estilos do líder líbico – Grifes Kadafi em 2011

 

  • As várias faces do líder líbico!

     

  • AP Photo/Ben Curtis
    Foto: AP Photo/Ben Curtis
    1 - Líder líbio Muamar Kadafi gesticula durante uma parada militar em Tripoli. Líbia, 1 de setembro de 2009.

     

  • Terence Spencer/Getty Images
    Foto: Terence Spencer/Getty Images
    2 - Líder líbio Muamar Kadafi na década de 1970.

     

  • Pascal Le Segretain/Getty Images
    Foto: Pascal Le Segretain/Getty Images
    3 - O líder líbio Muamar Khadafi (direita) caminha com seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Mohamed Abderahmane Shalgham (esquerda) após a assinatura de um acordo comercial com a Líbia, 25 de novembro de 2004.

     

  • REUTERS/Frederic Neema
    Foto: REUTERS/Frederic Neema
    4 - Presidente da Tunísia Zine Al-Abdine Ben Ali cumprimenta o líder líbio Muammar Kadafi na sua chegada ao aeroporto Tunes. Tunísia, 10 de janeiro de 1990.

     

  • REUTERS/Aladin Abdel Naby
    Foto: REUTERS/Aladin Abdel Naby
    5 - Presidente Egípicio Hosni Mubarak e líder líbio Muammar Kadafi prestam atenção ao Hino Nacional no Palácio Presidencial em Kubba. Cairo, Egito , 13 de fevereiro de 1991.

     

  • Artyom Korotayev/Getty Images
    Foto: Artyom Korotayev/Getty Images
    6 - O presidente Vladimir Putin, da Rússia, se reúne com o líder líbio Muamar Kadafi. Tripoli, Líbia, 16 de abril de 2008.

     

  • Pascal Le Segretain/Getty Images
    Foto: Pascal Le Segretain/Getty Images
    7 - Presidente líbio Muamar Kadafi espera a chegada do presidente francês Jacques Chirac. Líbia, 24 de novembro de 2004.

     

  • Peter Macdiarmid/Getty Images
    Foto: Peter Macdiarmid/Getty Images
    8 - Primeiro ministro Tony Blair se reúne com o líder Muamar Kadafi. Sirte, Líbia, 29 de maio de 2007.

     

  • Franco Origlia/Getty Images
    Foto: Franco Origlia/Getty Images
    9 - Líder líbio Muamar Kadafi participa de uma reunião no Palácio Quirinale. Roma, Itália, 10 de junho de 2009.

     

  • Franco Origlia/Getty Images
    Foto: Franco Origlia/Getty Images
    10 - Líder líbio Muamar Kadafi participa de uma reunião no Palácio Quirinale. Roma, Itália, 10 de junho de 2009.

     

  • Oli Scarff/Getty Images
    Foto: Oli Scarff/Getty Images
    11 - Líder líbio cumprimenta o presidente Barack Obama durante uma reunião do G8. Itália, 9 de julho de 2009.

     

  • Omar Rashidi/PPO via Getty Images
    Foto: Omar Rashidi/PPO via Getty Images
    12 - Presidente palestino Mahmoud Abbas cumprimenta o líder líbio Muamar Kadafi em Tripoli. Líbia, 4 de setembro de 2010.

     

  • Peter Macdiarmid/Getty Images
    Foto: Peter Macdiarmid/Getty Images
    13 - Primeiro ministro Tony Blair se encontra com o Coronel Muamar Abu Minyar al-Kadafi. Líbia, 29 de maio de 2007.

     

  • Jeff Zelevansky/Getty Images
    Foto: Jeff Zelevansky/Getty Images
    14 - Líder líbio Muamar Kadafi participa da 64ª Assembléia Geral na sede das Nações Unidas. Nova York, 23 de setembro de 2009.

     

  • Oli Scarff/Getty Images
    Foto: Oli Scarff/Getty Images
    15 - Presidente russo Dmitri Medvedev, líder líbio Muamar Kadafi e outros líderes membros do G8 posam para uma foto durante a reunião do G8 em L'Aquila. Itália, 10 de julho de 2009.

     

  • Ernesto Ruscio/Getty Images
    Foto: Ernesto Ruscio/Getty Images
    16 - Líder líbio Muamar Kadafi chega no aeroporto Ciampino. Roma, Itália, 29 de agosto de 2010.

     

  • Artyom Korotayev/Getty Images
    Foto: Artyom Korotayev/Getty Images
    17 - Líder líbio Muamar Kadafi espera o presidente Vladimir Putin da Rússia. Tripoli, Líbia, 16 de abril de 2008.

     

  • Franco Origlia/Getty Images
    Foto: Franco Origlia/Getty Images
    18 - Presidente italiano Giorgio Napolitano ao lado de Muamar Kadafi no Palácio Quirinale. Roma, Itália, 10 de junho de 2009.

     

  • REUTERS/Remo Casilli
    Foto: REUTERS/Remo Casilli
    19 - Líder líbio Muamar Kadafi cumprimenta o primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi em Roma. Itália, 16 de novembro de 2009.

     

  • REUTERS/Max Rossi
    Foto: REUTERS/Max Rossi
    20 - Primeiro ministro italiano Silvio Berlusconi e o líder líbio Muamar Kadafi caminham em Roma. Itália, 30 de agosto de 2010.

     

  • Giorgio Cosulich/Getty Images
    Foto: Giorgio Cosulich/Getty Images
    21 - Berlusconi chega para cerimônia do "Dia da Amizade Itália-Líbia" no Quartel Salvo D'Acquisto. Roma, Itália, 30 de agosto de 2010.

     

  • Omar Rashidi/Getty Images
    Foto: Omar Rashidi/Getty Images
    22 - Presidente palestino Mahmoud Abbas é cumprimentado pelo líder líbio Muamar Kadafi em Tripoli. Líbia, 4 de setembro de 2010.

     

  • Salah Malkawi/ Getty Images
    Foto: Salah Malkawi/ Getty Images
    23 - O presidente palestino Mahmoud Abbas, o presidente argelino Abdelaziz Bouteflika, o sudanês Omar Hassan al-Bashir e o líder líbio Muamar Kadafi posam entre outros líderes árabes durante a abertura da Cúpula Árabe. Damasco, Síria, 29 de março de 2008.

     

  • Victor Sokolowicz/Getty Images
    Foto: Victor Sokolowicz/Getty Images
    24 - Muamar Kadafi, líder líbio, fala em um espectáculo equestre na escola de cavalaria Tor di Quinto, em Roma. Itália, 30 de agosto de 2010.

     

  • Mark Renders/Getty Images
    Foto: Mark Renders/Getty Images
    25 - Líder líbio Muamar Kadafi é visto na Comissão Européia em Bruxelas. Bélgica, 27 de abril de 2004.

     

  • AFP PHOTO/MAHMUD HAMS
    Foto: AFP PHOTO/MAHMUD HAMS
    26 - Estudantes palestinos participam de um protesto contra o líder líbio Muamar Kadafi na Cidade de Gaza. Faixa de Gaza, 22 de fevereiro de 2011.

     

  • AP Photo/Hussein Malla
    Foto: AP Photo/Hussein Malla
    27 - Manifestante líbio segura um cartaz contra o líder Muamar Kadafi, enquanto dois guardas protegem a entrada de embaixada da Líbia. Cairo, Egito, 21 de fevereiro de 2011.

     

  • REUTERS/Handout
    Foto: REUTERS/Handout
    28 - Retrato postado no facebook de pessoas que foram mortas na Líbia durante os protestos. 20 de fevereiro de 2011.

  • Líbia/Crise: Para a Cruz Vermelha o conflito já é uma guerra civil, o pior está chegando

    guerra civil em libia acabou a festa dos rebeldesRebeldes observam fumaça durante confrontos em Sidra, na Líbia (10/03)

    Trípoli - O Comitê Internacional da Cruz Vermelha disse nesta quinta-feira que o conflito na Líbia escalou para uma guerra civil, com a população sendo submetida às piores conseqüências da violência. Falando em Genebra, na Suíça, o presidente da Cruz Vermelha, Jakob Kellenberger, disse que a agência está "preparada para o pior" e criticou o fato de vastas áreas do país permanecerem inacessíveis para as agências humanitárias.

    "Meu entendimento é que agora temos um conflito armado não-internacional, ou seja, uma guerra civil", disse Kellenberger. "Sempre temos de estar preparados para o pior, e nesse caso específico isso quer dizer que temos de nos preparar para uma intensificação dos enfrentamentos."

    As forças do coronel Muamar Kadafi continuaram nesta quinta-feira atacando áreas anteriormente tomadas pelos rebeldes. Novos ataques a bombas e mísseis foram realizados perto do complexo petroquímico de Ras Lanuf e, mais ao leste, a aviação líbia bombardeou Brega, que também está sob controle insurgente.

    Segundo a TV árabe Al-Jazeera, as forças pró-Kadafi tomaram o controle de Ras Lanuf, localizada a cerca de 450 quilômetros a leste de Benghazi, forçando os opositores a fugir em direção a Brega. As forças de Kadafi enviaram dois tanques de guerra para combater os rebeldes no enclave petrolífero.

    Os tanques se aproximaram da cidade e atiraram contra os postos rebeldes quando chegaram a alguns quilômetros de distância, disseram as testemunhas. As forças leais ao líder líbio também lançam ataques por mar e ar, castigando os arredores da cidade e posições situadas na localidade vizinha de Ben Jawad.

    Um responsável da coalizão rebelde na cidade de Benghazi confirmou também que houve um ataque contra o povoado de Sidra, próximo a Ras Lanuf, onde existem instalações petrolíferas que foram atingidas nas últimas horas por fogo de artilharia.

    Movimentação

    A BBC disse que muitos feridos na frente de batalha perto de Ras Lanuf têm sido levados para a cidade. O chefe da missão da Cruz Vermelha em Benghazi, Simon Brookes, afirmou estar preocupado com a falta de acesso da organização ao oeste do país, onde grandes territórios permanecem sob controle do regime ou são palco de intensos combates.

    "Não temos acesso ao oeste, e precisamos ter acesso. Estou falando de Zawiya, de Misrata, de Trípoli. Achamos que há um conflito armado aqui, e é por isso que a Cruz Vermelha precisa ter acesso a ambas as regiões", disse Brookes à BBC.

    Em Genebra, Kellenberger disse acreditar que as populações no oeste da Líbia estão sendo ainda mais afetadas pelos enfrentamentos. Citando fontes confiáveis, o presidente da organização humanitária disse que o uso de aviões no conflito líbio elevou rapidamente o número de vítimas.

    Em Misrata, pelo menos 40 pessoas deram entradas em hospitais com ferimentos graves, e outros 22 corpos foram deixados no local, afirmou o presidente da Cruz Vermelha. "Não sabemos quais são as necessidades de ajuda humanitária na área controlada por Trípoli. Estão dizendo (o governo) que tudo está sob controle, que todos os hospitais estão funcionando perfeitamente e não há necessidade de assistência humanitária externa", disse. "Estamos preocupados, porque gostaríamos de avaliar com os próprios olhos a situação."

    Batalha diplomática

    Mais cedo, a França expressou sua desaprovação com a repressão do regime aos civis e reconheceu a liderança rebelde da Líbia - o Conselho Nacional Líbio (CNL) - como governo legítimo do país. Foi o primeiro país a reconhecer o CNL, que reúne vários grupos de oposição ao regime de Kadafi.

    O governo francês informou que enviará em breve um embaixador a Benghazi. A decisão foi anunciada em Paris pelo gabinete do presidente Nicolas Sarkozy, um dia depois de deputados do Parlamento Europeu terem exortado a União Europeia (UE) a reconhecer os rebeldes.

    O regime de Kadafi, há quase 42 anos no poder, está sob pressão da comunidade. A Otan deve discutir ainda esta semana opções militares para lidar com o conflito líbio, incluindo a adoção de uma zona de exclusão aérea para conter os bombardeios aéreos de áreas rebeldes por forças leais a Kadafi.

    Na quarta-feira, Kadafi disse que a população pegará em armas se for imposta a zona de exclusão aérea. "Se eles (os países ocidentais e a ONU) tomarem essa decisão, será útil para a Líbia, porque o povo líbio verá a verdade, que o que eles querem é assumir o controle da Líbia e roubar seu petróleo", disse. "Então o povo líbio pegará em armas contra eles", afirmou.

    Em entrevista à TV turca TRT, Khadafi disse que países ocidentais querem impor a zona de exclusão aérea para "tomar o petróleo líbio". Kadafi alega que governos europeus e a rede Al-Qaeda estão incitando a juventude da Líbia a aderir à revolta contra seu governo.

    *Com BBC, AFP e EFE

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    quarta-feira, 9 de março de 2011

    Kaddafi denuncia complô colonialista e descarta negociar com rebeldes

    O ditador da Líbia, Muammar Gaddafi, discursa para a televisão estatal nesta quarta-feiraMuammar Gaddafi, discursando para a televisão estatal nesta quarta-feira

    Trípoli - O ditador líbio Muammar Gaddafi acusou os países ocidentais de levarem a cabo um "complô colonialista" contra seu país e descartou negociar com o Conselho Nacional que os rebeldes constituíram em Benghazi, ao qual negou legitimidade e relacionou com a organização terrorista Al Qaeda.

    Em entrevista gravada na noite de ontem em Trípoli e transmitida nesta quarta-feira pela rede de televisão francesa "LCI", Gaddafi denunciou que os países ocidentais "querem colonizar a Líbia novamente", citando em particular Estados Unidos, Reino Unido e França.

    Ao ser questionado sobre a possibilidade de negociar com o Conselho Nacional, Gaddafi soltou uma gargalhada e respondeu que "não há um Conselho Nacional".

    O líder líbio também assinalou que os ex-membros de seu governo que se somaram ao Conselho na verdade "foram retidos pela força" e "ameaçados de morte", de modo que sua única saída foi comprometer-se com os insurgentes.

    "Não são livres, são prisioneiros", acrescentou Gaddafi antes de negar que combata seu próprio povo: "é uma mentira dos países colonialistas. É um complô colonialista".

    Em outra entrevista, veiculada pela emissora estatal líbia, Gaddafi afirmou que o objetivo do complô é o controle do petróleo do país e acusou os rebeldes de "traição", voltando a afirmar que eles são apoiados pela rede terrorista Al Qaeda.

    "Os países colonialistas tramam um complô para humilhar o povo líbio, reduzi-lo à escravidão e controlar o petróleo", disse Gaddafi, segundo o canal líbio, em um discurso na cidade de Zenten, 120 km ao sudoeste de Trípoli.

     

    APÓS RUMORES, APARIÇÃO FRUSTRANTE

    Na noite de terça, Gaddafi dirigiu-se ao hotel na capital, Trípoli, onde estão hospedados os jornalistas estrangeiros que cobrem a revolta no país contra seu regime. A imprensa internacional dizia que o mandatário poderia falar aos repórteres, mas ele deixou o local cerca de uma hora depois sem falar aos repórteres que esperavam por algum tipo de declaração. Segundo a rede de TV americana CNN, o mandatário concedeu uma entrevista apenas a um jornalista turco e, ao final, foi embora.

    O ditador da Líbia, Muammar Kaddafi, Muammar Kaddafi, chega a hotel em Trípoli onde jornalistas estão hospedados

    Gaddafi chegou ao local pouco antes das 23h locais (19h em Brasília) e gerou tumulto entre os jornalistas que tentavam falar com ele, fotografá-lo ou filmá-lo.

    No entanto, o ditador não pronunciou nenhuma palavra e seguiu para uma parte do hotel que não foi divulgada. Mas, usando uma túnica negra e um turbante de cor ocre, o coronel levantou os braços e cerrou os punhos em sinal de vitória.

    A "visita" de Gaddafi ocorreu no mesmo dia em que a liderança rebelde --que luta contra forças leais ao ditador pelo controle do país há 21 dias-- disse que, se o ditador renunciar dentro de 72 horas, não irá tentar levá-lo à Justiça.

    "Se ele deixar a Líbia imediatamente, durante 72 horas, e parar com o bombardeio, nós, como líbios, iremos recuar de persegui-lo por crimes", disse Mustafa Abdel Jalil, chefe do Conselho Nacional Líbio, à Al Jazeera.

    Mais cedo, a emissora de TV americana CNN informou que Gaddafi estaria trabalhando em um acordo para deixar o governo após 41 anos e para isso quer que os rebeldes da oposição garantam passagem segura para fora do país e que nem ele, nem sua família, sejam processados.

    Gaddafi teria proposto um encontro do Parlamento líbio para acordar os termos da transição e os passos para sua renúncia. Segundo a TV Al Jazeera, os termos do ditador incluem ainda uma boa quantia em dinheiro.

    O ditador teria inclusive enviado o ex-premiê Jadallah Azzouz Talhi para se reunir com os rebeldes e trabalhar na versão final de um acordo, pelo qual ele entregaria o poder a um comitê formado pelo Congresso Geral do Povo.

    Mas os rebeldes rejeitaram qualquer oferta de negociação com o líder líbio para que ele deixe e o poder, e o governo afirmou que tais informações são "absolutamente sem sentido".

    A jornalistas, membros do conselho disseram que tais conversas não existiram. O porta-voz dos rebeldes, Abdel Hafez Ghoga, também negou relatos de que a oposição teria prometido não tentar levar Gaddafi a julgamento se ele renunciar em três dias.

    Com Efe e France Presse

    Líbia/Crise: O verdadeiro interesse do Ocidentte

    guerra in libia, petrolio libico_guerra_em_libia_libia_oil

    terça-feira, 8 de março de 2011

    O que fazem os filhos dos ditadores com a educação do Ocidente?

    Saif Kadaffi - filhos de muammar kadagi - filhos dos ditadores no ocidente Líderes do Norte de África e Médio Oriente procuram prestígio para os seus herdeiros…

    O começo, se quisermos marcar uma data no calendário, foi no dia 28 de Fevereiro. Saif, o filho “reformista” do coronel Khadafi, está em cima de um jipe de metralhadora em punho. Irmãos, disse ele, temos os meios, temos as armas, lutaremos até ao último homem, até à última bala. Saif a prometer a guerra civil na Líbia, o país que é do seu pai desde 1969 e que deveria ser seu, a seguir.

    oi para ser líder que estudou nas melhores escolas europeias, que fez uma tese de doutoramento na London School of Economics (LSE) chamada O Papel da Sociedade Civil na Democratização das Instituições de Governo, que escreveu um artigo de opinião no jornal The Guardian sobre as futuras reformas políticas no seu país — democracia, participação da sociedade civil e valores liberais eram a sua inspiração.

    O filho de Khadafi seria “o nosso homem” em Trípoli, segundo a perspectiva dos envolvidos na sua educação britânica. Com ele, Londres — e Washington — podiam conversar, fazer negócios. Quando os protestos no mundo árabe alastraram à Líbia, depois da Tunísia e do Egipto, Saif ainda teve um primeiro momento televisivo a pedir aos líbios que regressassem a casa que o futuro, com ele a mandar, iria ser diferente. Amanhã começa outra era, prometeu.

    Agora esforça-se pela guerra civil e por ganhá-la, e a prestigiada LSE ficou com um duplo embaraço nos braços: Saif terá plagiado a tese de doutoramento (o caso está a ser investigado) e doou 350 mil euros para patrocinar um programa de estudos e — como Khadafi não teria nada a ver com a aplicação do dinheiro — este foi recebido sem problemas. Agora, a faculdade está a repensar o que fazer com este mecenato.

    No total, a doação iria ao milhão e meio de libras (perto de dois milhões de euros). A contrapartida: peritos da escola deslocar-se-iam à Líbia para fazerem aconselhamento no país sobre políticas económicas e reformas. Na quinta-feira, o director da LSE, Howard Davies, demitiu-se. “Acho que a escola vai recuperar”, disse à estação de televisão BBC. “Mas eu próprio entendi que recuperaria mais depressa, se assumisse a culpa por este erro de julgamento”, concluiu.

    Davies fora responsável pela Autoridade de Serviços Financeiros britânica, a entidade que gere o mercado deste tipo de serviços, e governador do Banco de Inglaterra. Estava há oito anos à frente da escola e não conseguiu salvar-se do tremendo embaraço Khadafi.

    saif-kadhafi_guerra_civil_porra Na escola, e entre o corpo docente, há ainda alguma perplexidade sobre o que está a acontecer. O português Pedro Martins, professor de Economia Aplicada na prestigiada faculdade londrina, separa os dois assuntos, o dinheiro e o doutoramento. “A Líbia estava supostamente a fazer um percurso de reintegração na comunidade internacional. Nesse contexto, não me parece necessariamente negativo o LSE aceitar o donativo. No entanto, o caso muda de figura, quando se verifica que há suspeitas fortes de plágio na tese de Saif Khadafi. Trata-se de um episódio bastante embaraçoso para uma instituição de grande prestígio”, diz, respondendo ao P2 por email.

    Se a demissão de Davies será suficiente para a LSE voltar ao business as usual, essa é a dúvida. Porque o novelo de conexões e de interesses que levaram Saif Khadafi a Londres só começou a ser desenrolado. Segundo a edição online do Daily Mail, um homem fundamental na aproximação de Saif à LSE foi Mark Allen, antigo MI6 (o serviço de espionagem britânico) e apresentado como uma das principais fontes de pressão para a libertação do bombista de Lockerbie.

    Allen foi conselheiro da BP e foi enquanto esteve na empresa petrolífera que esta ganhou acesso aos campos de petróleo líbios.

    Outro nome envolvido é o de Anthony Giddens, um homem muito próximo do antigo primeiro-ministro trabalhista Tony Blair e que era presidente da LSE em 2002, quando Saif Khadafi foi aceite como aluno de doutoramento.

    O actual primeiro-ministro, o conservador David Cameron, acirrou a polémica política revelando detalhes das relações entre Londres e Trípoli nos mandatos de Tony Blair que, segundo a documentação, forneceu armamento e aconselhamento militar ao regime de Khadafi, além de prometer receber militares líbios para treino na Academia de Sandhurst.

    Síndrome Al Pacino

    Não está claro qual o desfecho do conflito na Líbia. Se Khadafi sair, porá simultaneamente fim à carreira política de Saif e ao seu desejo de ser um democratizador, bem como ao desejo do Ocidente em ter um grande aliado numa região estratégica. Carreira que, claro, começaria com um passo muito pouco democrático, herdando o poder do pai que lá chegou via golpe de Estado, em 1969.O que a dimensão do caso Saif irá sem dúvida fazer é levar as universidades e academias ocidentais, onde é feita a educação de muitos destes “príncipes”, a repensar as suas ligações. Até porque os artigos de opinião já começaram a atirar farpas noutras direcções. O Asia Times, e a propósito do esmagamento da revolta popular no Bahrein, publicou uma lista detalhada de figuras que passaram pela Royal Military Academy de Sandhurst, e entre eles está o Rei deste país, Hamad bin Essa al Khalifa, que é, aliás, o patrono da Fundação Sandhurst (quer dizer que a sustenta, financeiramente). Além de definir o Bahrein como “uma monarquia feudal/ditadura”, o Asia Times escreve que foram os militares de Sandhurst que, pela força, reprimiram a revolta.

    “É comum a elite dos países do terceiro mundo enviarem os seus filhos para estudarem no estrangeiro, especialmente nos antigos países colonizadores”, diz Nadim Shehadi, do Departamento de Médio Oriente do think tank londrino Chatham House. É óbvia a razão por que são escolhidas estas academias e escolas — Harvard, Oxford, Cambridge, Princeton, LSE... Porque têm um padrão de ensino superior ao que existe nos países de origem destes alunos. Estes sabem que são universidades e academias que lhes dão prestígio e estatuto e, porque é bom ter formação no campo do “adversário”, é bom saber o que sabem os outros. Nesta teia de envolvimentos, há uma troca mútua, ambos os lados ganham, conhecimento e relações políticas e económicas.

    O problema que agora se levanta é aquilo a que se pode chamar “síndrome Corleone”. Para quem se recorda da saga O Padrinho, Michael Corleone, interpretado por Al Pacino, é uma criatura que vive à margem do pai, até ao momento de ser chamado à sucessão. Uma vez lá, percebe que ou se torna um verdadeiro líder, ou é aniquilado. Quer isto dizer que não se espera que, uma vez de volta à sua cultura de origem, estes homens se tornem automaticamente liberais laicos. A cultura em que se nasce, política, social, económica, é quase sempre a que permanece, como explica Pedro Martins. “Parece-me que a decisão dos dirigentes de países como a Líbia de educar os seus filhos nas melhores universidades dos países desenvolvidos é uma boa indicação da vontade não só de estabelecer ligações internacionais, como também de valorização da educação. Quanto à mudança [de mentalidade] é um processo difícil, são pessoas que vão estudar para um país ocidental, já nos seus vinte e muitos anos, e há uma teia de interesses muito fortes em relação ao statu quo nos países de origem.”

    Nadim Shehadi, do Chatham House, explica que nesta região do mundo há correntes que defendem que não se devem enviar futuros líderes estudar fora devido ao risco de se alienarem da realidade dos seus países. “Já ouvi dizer que alguns sauditas mantêm os príncipes totalmente afastados do contacto com o Ocidente, de forma a que conservem o entendimento local”, conta este especialista.

    Para vingarem, estes futuros líderes não podem ser estrangeirados, nem ser olhados como tal. “Na Líbia, é interessante vermos os manifestantes pró-Khadafi a condenarem os líbios que vivem no estrangeiro. A fricção entre expatriados e locais é um fenómeno importante. Também vimos isso na Palestina, com o regresso dos dirigentes da OLP actuando como libertadores e as querelas com os que lá estiveram todo o tempo”, demonstra Nadim Shehadi.

    Marrocos e Jordânia

    Em 1999, quando os velhos monarcas do Norte de África e do Médio Oriente começaram a morrer e lhes sucederam os filhos educados em França, nos EUA e no Reino Unido, uma onda de optimismo varreu os observadores políticos. Mohammed VI de Marrocos, o terceiro Rei desde a independência do país em 1956, estudou primeiro em escolas religiosas e, depois, formou-se em Ciência Política, em Rabat, e fez um doutoramento em Direito em Nice, França.

    Os analistas dizem dele que é “ligeiramente menos autoritário” do que outros líderes árabes. Mas Marrocos é uma monarquia absoluta e Mohammed é o líder da fé (a lenda diz ser descendente do profeta Maomé). Após a morte do pai, o rei Hassan, foi biografado como uma figura reformadora. Hoje, desiludidos, os optimistas constatam que pouco governa e que passa muito tempo fora de Marrocos, em férias. Em 2008, por exemplo, fez quatro períodos de férias, o último dos quais durante seis semanas em que visitou a Tailândia, o Vietname, o Brasil e a França.

    Aos poucos, este Rei de 47 anos aderiu ao culto da personalidade e as fotografias gigantes de Hassan foram sendo substituídas pela sua. As mudanças sociais, económicas e políticas ficaram por fazer e Marrocos, pode dizer-se, é um país relativamente estável, mas pobre. Antes de morrer em 1999, Hassan fez algumas reformas: libertou presos políticos, abriu perspectivas às mulheres. Esperava-se que o filho fosse mais longe. A 20 de Fevereiro, 40 mil marroquinos manifestaram-se em todo o país pedindo reformas e o fim da corrupção. Foram anunciadas algumas medidas para controlar o preço dos bens essenciais.

    A educação, está visto, não muda o ser humano que se é. “A universidade, para mim, serve sobretudo para o desenvolvimento intelectual dos alunos, mais do que propriamente para mudar as suas posturas éticas”, diz Pedro Martins.

    Na Jordânia, nas últimas semanas, milhares têm saído à rua exigindo medidas contra o desemprego e a subida dos preços. O Rei despediu o primeiro-ministro e um novo governo foi indigitado com a tarefa de tomar medidas concretas para haver mudanças. Mas o Rei, Abdullah II, que, quando tomou posse em 1999 por morte do rei Hussein, aplicou um vasto plano de mudanças económica, já foi mais popular.

    Abdullah II nasceu em Amã e passou pela academia militar de Deerfield, no Massachusetts (EUA). Estudou ainda temas do Médio Oriente em Oxford e em Georgetown (EUA) e completou os estudos militares na academia de Sandhurst, onde o pai também estivera.

    Sem o drama da LSE, Sandhurst também está debaixo dos holofotes. São muitos os nomes sonantes que por lá passaram, sobretudo de antigas colónias (do Paquistão e Índia às monarquias e regimes do Médio Oriente e, entre eles, Muammar Khadafi).

    Em 2000, o Governo britânico encomendou um relatório sobre o “treino e outra assistência militar fornecida aos Estados do Golfo”. Agora que os Estados árabes do Norte de África e do Médio Oriente estão instáveis, e que a onda de revoltas exigindo a democratização dos regimes alastra, Londres anunciou que irá rever as parcerias militares com alguns países.

    O rei Hamad do Bahrein, que passou por Sandhurst e também esteve em Leavenworth, no Kansas, é quem define a política militar e de segurança do país, segundo um telegrama interceptado há alguns anos pela organização WikiLeaks e agora recuperado pelo Asian Times. Segundo o telegrama, Hamad gosta de “armamento pesado”, que compra aos aliados em Londres e em Washington. O príncipe herdeiro, Salman, recebeu também treino militar numa academia americana, pelo que, conclui o Asian Times, “há dois vassalos do Pentágono à frente das reformas no Bahrein”.

    Hamad – trata-se de uma monarquia xiita – nomeou o filho para estabelecer o diálogo com os representantes da maioria sunita, refrescou o Governo exonerando quatro ministros, mas os protestos prosseguem nas ruas.

    É claro que há exemplos de líderes políticos internacionais reformadores que passaram pelas universidades ocidentais, frisa Pedro Martins. Consulte-se, por exemplo, a lista de Oxford. Outros exemplos

    Feitas as contas, foram poucos os filhos de líderes totalitários que conseguiram manter o poder herdado pelos pais. Bashar al Assad, da Síria, foi um deles. Tal como os irmãos, foi educado longe dos holofotes públicos. Estudou Medicina em Damasco e especializou-se em oftalmologia. Estava em Londres, a completar os estudos, quando o pai o chamou para lhe suceder, após o desaparecimento do primogénito, Basil, que morreu num acidente de automóvel. Ao criar a sua “monarquia presidencial” na Síria, o velho presidente Hafez al-Assad foi sensato — ignorou os outros filhos, um por ser errático, outro por ter distúrbios mentais. Mudou a Constituição para Bashar poder ser chefe de Estado aos 34 anos e deu-lhe formação militar.

    Kim Jong-il, na Coreia do Norte, sucedeu ao pai e já nomeou um filho como herdeiro — Kim Jong-un, que estudou na Suíça.

    Mas a maior parte fracassou e alguns dirigentes estão a mudar de ideias. O Presidente do Iémen, Ali Abdullah Saleh, prometeu há dias que não irá “manobrar” para que o filho lhe suceda.

    No Egipto do deposto Hosni Mubarak, a sucessão estava preparada e Gamal, o filho mais novo, seria o herdeiro. Frequentou a Universidade Americana do Cairo, estudou Finanças e trabalhou no Banco Americano no sector de investimentos. Ascendeu nas instituições de poder e, nos últimos anos, a sua influência junto do pai determinou muitas das opções do Presidente deposto, sendo atribuída à sua intervenção a deteriorização da economia egípcia e uma escalada na crónica corrupção.

    Segundo a Reuters, foi Gamal quem convenceu o pai a não se demitir, quando o mundo o esperava. A notícia dá conta da discussão entre Gamal e o irmão Alaa, um homem de negócios que nunca se quis envolver em política. “Em vez de ajudares a preservar a honra do nosso pai, ajudas a prejudicar a sua imagem.” Terá sido necessária a intervenção de terceiros para separar os dois irmãos.

    Stephan Kizner, autor do livro Reset: Iran, Turkey and America’s Future, argumenta num texto para o canal de informação política BLTWY que a “ideia exagerada de privilégio” que os filhos dos líderes de alguns regimes assimilam ao longo da sua vida “fá-los pensar que não há limites” para o que podem fazer.

    A educação de Saif Khadafi e a deposição de Mubarak — diz Kizner — fez-nos lembrar que há uma lição escondida na História: os ditadores não devem ter filhos. “Quando as pessoas se perguntam por que razão é a Turquia o mais bem sucedido país do Médio Oriente, não devem descurar o facto de o fundador da república secular, Kemal Atatürk, não ter tido filhos (...). Ele afastou-se suavemente do poder e permitiu que o seu país encontrasse o caminho para a democracia.”

    Por Ana Gomes Ferreira/Publico

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    segunda-feira, 7 de março de 2011

    Ecco la classifica dei migliori culi dell’anno secondo l’American Apparel’s “Best Bottom” contest

    Boom Boom (la vincitrice), Santo Domingo

    Ecco la classifica dei migliori sederi dell'anno

    Maria, Austin

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    Mira, Chicago

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    Stepho, Los Angeles

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    Donk, Van City

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    American Honey, Baltimore

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    Luba, Barcelona

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    Alabaa, Toronto

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    Heidi, Brooklyn

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    Cutie, Costa Mesa

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    Gee Booty, Memphis

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    Karina Reflection, San Francisco

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    Eden, Sydney

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    Ldeeb, Montreal

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    Sparklees, Daytona Beach

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    Jessica, Charleston

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    Sabias que