quarta-feira, 22 de junho de 2011

Música | Maya Cool nas festas da cidade em Lisboa

Luanda - O músico angolano Maya Cool é um dos convidados para o espectáculo músico-cultural denominado “Festa da Cidade de Lisboa”, em Portugal, a ser realizado de 25 a 26 deste mês naquele país europeu, informou hoje à Angop o artista.

Segundo Maya Cool, o espectáculo vai anteceder a quinta edição do Festival de Tejo, no mesmo país, onde também estarão os angolanos Matias Damásio, Yuri da Cunha, Puto Português e os norte-americanos Sean Paul, Nelly Furtado, entre outros convidados.

Vencedor do Top Dos Mais Queridos 2008, Maya Cool marcou presença, no dia 11 deste mês, no espectáculo dos países africanos de expressão portuguesa (São Tomé, Cabo Verde e Guiné-Bissau) que teve lugar na Holanda.

Na ocasião, actuou com a banda Splash, constituída por nomes como Grace Evora, Toy Delgado, Manu Soares, Dina Medina, Jorge Neto, entre outros, tendo ainda gravado um DVD do evento.

Maya Cool, que começou a cantar com 11 anos de idade, tem no mercado os discos "Lágrimas", (1997),"Igual a ti", (1998), "Anjo", (2001), "Amores" (2005) e "Certeza" (2011). É uma das principais figuras do music hall angolano, tendo passado da música infantil para adulta.

Fórum: FMI aponta para 4,3% crescimento do PIB real mundial

Luanda – O vice-governador do Banco Nacional de Angola, António André Lopes, informou hoje, em Luanda, que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) real mundial deverá rondar os 4,3 porcento em 2011, com as economias desenvolvidas a crescerem apenas 2,2 porcento e as emergentes 6,6%, segundo o FMI.

António Lopes acrescentou que o crescimento da economia mundial foi revisto em baixa, quando comparado aos 4,5%, projectados em Abril do corrente ano, como consequência da diminuição da produção industrial e do consumo na terceira maior economia mundial (o Japão), derivado, principalmente, do terramoto e tsunami do mês de Março.

Segundo informações publicadas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), referiu quando intervinha no I Fórum Banca, o PIB da economia mundial terá registado em 2010, um aumento de 5,1 porcento em grande parte justificado pelo crescimento inesperado do consumo privado nos EUA e no Japão, contrariando os receios de alguns analistas.

“Em 2010, fruto das medidas tomadas pelas principais economias para fazer face à crise, a economia mundial mostrou sinais de recuperarão, tendo-se assistido a um crescimento moderado das economias mais avançadas, apesar da turbulência nos mercados de dívida soberana em alguns países da zona Euro e do aumento dos índices de desemprego” – frisou.   

Por outro lado, disse o vice-governador do BNA, a inflação registada nas principais economias emergentes como China, Brasil e Índia, e as medidas adoptadas pelas suas autoridades monetárias, nomeadamente o aumento das taxas directoras, irão conter o crescimento dessas economias no corrente ano.

Portanto, referiu, a actual conjuntura global faz denotar ainda um elevado grau de incertezas, consubstanciados na volatilidade e aversão ao risco que se apresentam elevados, na liquidez bastante apertada, nas preocupações com as dívidas soberanas de países europeus e na sustentabilidade da recuperação da economia americana.

De acordo com António André Lopes, perante esse quadro, assiste-se nos últimos anos um processo de consolidação dos sistemas de informação, visando dotar os bancos e as autoridades reguladoras de instrumentos que permitam gerir, de modo mais eficaz, o risco inerente à actividade bancária.

Promovido pelo Jornal Expansão e o Diário Económico, o I Fórum Banca decorreu no Hotel Trópico e juntou especialistas do sector para debaterem as “tendências da banca mundial” e “o futuro da banca em Angola – sustentabilidade financeira, competitividade, consolidação e sofisticação tecnológica”.

Biblioteca Nacional: Maria Ramos considera crescente produção literária

Directora da Biblioteca Nacional de Angola-Maria-Jose-Ramos Luanda – A actividade editorial no país está em crescente desenvolvimento, fruto do aumento de editoras nacionais e de novos autores, considerou nesta quinta-feira, em Luanda, a directora da Biblioteca Nacional, Maria José Ramos.

De acordo com Maria José Ramos, que falava à Angop, à margem da tertúlia sobre literatura infantil, realizada na Biblioteca Nacional, ainda existem dificuldades com algumas tiragens, mais o quadro é evolutivo e poderá ser fortalecido com a implementação da política do livro.

“De forma geral percebe-se que nós temos uma actividade editorial crescente, na medida em que têm estado a surgir novas editoras e novos autores”, referiu a directora, considerando bastante promissor o mercado literário angolano.

Mas, por outro lado, Maria José Ramos advertiu sobre a necessidade de se apoiar e melhorar a capacidade das editoras no que diz respeito a tiragens, para que possam servir melhor o mercado.

“Apesar de considerar crescente o quadro, temos que concordar também que o número de editoras ainda não é suficiente”, referiu, acrescentando ser importante que as mesmas sejam igualmente dotadas de capacidade financeira para, eventualmente, oferecerem maior número de publicações e qualidade.

Via | Angop

domingo, 19 de junho de 2011

USA/Crise económica: País mais rico do mundo pode entrar default já em agosto

Os chineses e as agências de notação Fitch e Moody's zangaram-se com o Congresso americano. Se o limite de endividamento dos EUA não for aumentado, 30 mil milhões de dólares de títulos do Tesouro que vencem a 4 de agosto podem estar em maus lençóis.


homeless-familhas-americanas-perdem-tudo A palavra default subiu pela primeira vez explicitamente ao palco político nos Estados Unidos e passou a ser tema de conversa no mundo. A crise da dívida soberana ameaça entrar na vida americana. A luta política no Congresso dos Estados Unidos em torno do aumento do limite de endividamento do governo federal está a provocar uma onda de nervosismo entre os investidores na dívida emitida pelo Tesouro americano..

Dois responsáveis chineses advertiram na semana que terminou que os parlamentares americanos que se opõem ao aumento desse teto estão "a brincar com o fogo". Li Daokui, do Banco Central da China, afirmou que havia o risco real de um default da dívida americana, no que foi acompanhado por Yuan Gangming, da Academia de Ciências Sociais da China. Gangming referiu inclusive que a guerrilha política interna nos Estados Unidos, à medida que se aproxima a eleição presidencial de 2012, poderá colocar em risco a situação do Tesouro americano. Segundo a Reuters, alguns congressistas republicanos "pensam que um default técnico [no princípio de agosto] poderá ser o preço a pagar para que a Casa Branca aceite cortar na despesa" e imaginam que os credores aceitariam "um pequeno atraso, talvez uns dias" até que consigam dobrar Obama. O novo ano fiscal inicia-se a 1 de outubro, pelo que esta guerrilha não vai parar no verão.

Para além da China, logo o Banco Central da Índia e o Banco Central do Omã (refletindo a voz do Golfo) vieram manifestar publicamente a sua apreensão.

Rating ameaçado

Para completar o ramalhete, a agência Fitch, veio ameaçar na quarta-feira que poderia baixar no princípio de agosto orating dos Estados Unidos do nível atual de triplo A para B+ se se verificar qualquer default técnico ou  moratória na altura do vencimento de letras do Tesouro americano no valor de 30 mil milhões de dólares a 4 de agosto, e se o assunto não for resolvido até 11 de agosto, quando há novo vencimento de dívida. Na semana anterior tinha sido a vez da Moody's Investors Service a ameaçar que procederia a uma revisão da notação dos Estados Unidos em julho se o assunto continuar no pé atual.

Este problema deriva do facto do nível máximo de endividamento federal já ter sido atingido a 16 de maio. Um conjunto de medidas extraordinárias tomadas pelo secretário do Tesouro, Tim Geithner, permitiu adiar a situação de rutura até 2 de agosto.

A dívida pública americana atingiu os 14,3 biliões de dólares. Cada cidadão americano nasce com 143 mil dólares de dívida ao pescoço desde que o cordão umbilical é cortado. O PIB americano foi de 14,7 biliões no ano passado, pelo que a dívida pública é praticamente 100% do PIB.

Mal estar económico: retoma que não retoma

Os números da economia americana continuam a desagradar. E muitos analistas e economistas falam do risco de uma recaída na recessão - double-dip na designação inglesa. O desemprego, segundo o relatório do US Bureau of Labor Statistics de 3 de junho, atingiu os 13,9 milhões de pessoas, uma taxa de desemprego de 9,1% em final de maio, em que o desemprego estrutural é de 45,1% e o desemprego entre os jovens é de 24,2%. É o mais alto desemprego estrutural desde 1969 . O número mais elevado neste período foi em janeiro de 1983 com cerca de 3 milhões - hoje são 7 milhões.

Há já mais de 800 mil "trabalhadores desencorajados" que já não procuram emprego. Espera-se que o nível de desemprego suba para 9,2% em final de junho.

A economia americana vive em 70% do consumo interno e este está afetado por duas doenças: o desemprego (já referido) e a quebra brutal no valor do imobiliário detido pelas famílias americanas. A baixa do preço do imobiliário (e o consequente valor em ativos detidos pelas famílias) desde o rebentar da bolha em 2007 já fez desaparecer 7 biliões de dólares (cerca de €5 biliões) e espera-se que caia mais 1 bilião no próximo ano. O professor Robert Shiller, da Universidade de Yale, e co-autor de um indicador sobre o imobiliário americano (conhecido como S&P/Case-Shiller home price índex), disse esta semana que não ficaria surpreendido se os preços do imobiliário caíssem ainda mais 10 a 25%, segundo a Reuters.

Ben Bernanke, o presidente da Reserva Federal (FED, o banco central), no seu discurso da semana passada na Conferência Monetária Internacional, em Atlanta, apesar de admitir uma retoma económica "espasmódica e frustrante" que continuará a exigir "uma política monetária acomodatícia" (na fixação dos juros), insistiu que o consenso dentro da equipa da FED é que se assistirá a uma inversão no segundo semestre e que o surto inflacionário será temporário. No entanto, o presidente da FED advertiu os políticos republicanos que "uma consolidação orçamental abrupta no curto prazo" poderá enfraquecer ainda mais a "retoma ainda frágil".

Este desapontamento ocorre em simultâneo com uma economia totalmente inundada por dinheiro quente. A base monetária dos EUA atingiu agora um recorde de 2,5 biliões de dólares (€1,75 biliões, €1750 mil milhões). Há menos de 3 anos, durante a bolha, essa base monetária era de 820 mil milhões de dólares, ou seja a intervenção monetária na economia desde a crise gerou um aumento de 300% - o que compara com os magros 44% entre 2000 e 2007.

Quem beneficiou da injeção monetária?

Para onde foi essa inundação de dinheiro? Não para a economia real. Os bancos aumentaram as suas reservas na Reserva Federal (FED) e embrenharam-se na especulação financeira uma vez mais.

Peter Cohan, em declarações ao Expresso, é muito claro sobre esta política de Bem Bernanke: "Já vimos que o efeito desta injeção de dinheiro não levou ao crescimento do emprego - as empresas estão a 'armazenar' o dinheiro nos seus balanços, os bancos usam-no para comprar títulos do Tesouro em vez de emprestar às empresas e ostraders utilizam-no para especular nas commodities".

Paul Krugmam colocou os nomes nos bois na sexta-feira passada na sua coluna no The New York Times com um artigo sugestivamente intitulado: "Governados por rentiers". Rentiers é a palavra francesa, usada em economia, para os que vivem de rendas financeiras. Diz o Nobel: "Estou cada vez mais convencido de que [a paralisia das políticas transatlânticas] é uma resposta à pressão de grupos de interesse. Conscientemente ou não, os decisores estão a servir quase exclusivamente os interesses dos rentiers".

Preocupante também o facto da FED ter ultrapassado a China como principal credor do Tesouro norte-americano. Harm Bandholz, economista-chefe do UniCredit nos EUA, deu os detalhes: em virtude do QE2 (2º programa de alívio quantitativo, quantitative easing em inglês, que injetou 600 mil milhões de dólares), a FED passará a deter 16% da dívida federal no final de junho, bem à frente da China que deteria menos de 12% em finais de março. Os detentores seguintes desta dívida são as famílias americanas (como aplicação de poupanças), o Japão, os governos estaduais e locais da federação americana e os fundos de pensões privados.

Se Ben Bernanke decidir não renovar nenhum programa de alívio quantitativo quando o QE2 terminar no final deste mês, alguém terá de preencher o lugar principal na aquisição de títulos do Tesouro e para tal os juros dos títulos do Tesouro terão de subir significativamente para ser atrativos. Atualmente, os juros dos títulos do Tesouro americano são mais baixos do que os juros dos Bunds (títulos alemães) nas maturidades a 5 anos (1,56% contra 2.17%), mas superiores nas maturidades a 10 anos (2,97% contra 2,96%) e 30 anos (4,18% contra 3,52%).

As bolsas refletiram este mal-estar. O índice bolsista S&P quebrou 1,4% na sexta-feira, findando uma semana em que caiu 2,24%. Desde o pico em 29 de abril, o S&P já desceu quase 7%. Foi a sexta semana consecutiva em baixa. O índice bolsista Dow Jones desceu abaixo dos 12.000 pontos.

Jorge Nascimento Rodrigues (www.expresso.pt)

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