"Todo o mundo é país" é uma das frases italianas que mais uso para referir-me a problemáticas que não têm confim. Destas, a violência doméstica é a mais frequente. Nos últimos 7 dias, em Itália, se contaram mais de 6 mortos por violência dométicas de índole passional, hoje aprendo que Portugal não é excepção. Oh minha nossa. Eis que publico trago a vós a notíca da violência doméstica em Portugal:
Lisboa - O Observatório das Mulheres Assassinadas (OMA) contabilizou 29 homicídios e 28 tentativas em 2009, menos 14% de mortes que no ano anterior. Maria José Magalhães, presidente da associação que gere o observatório, explica que a diminuição poderá dever-se à "alteração à lei que prevê a detenção do agressor sem ser em flagrante delito e uma maior sensibilização da população".
Mas a presidente da União das Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR) sublinha que um ano "é pouco tempo para perceber se há uma tendência para diminuírem as vítimas mortais de violência doméstica". Até porque em 2007 também baixaram os homicídios, de 36 (2006) para 22, e, no ano seguinte, mais que duplicaram.
As vítimas mortais são mulheres entre os 36 e 50 anos (44,8% dos casos), mas 27,6% têm entre 24 e 35. E continua a diminuir o grupo das que têm mais de 50 anos, o mais atingido em 2004 (ano de criação do OMA) e 2005.
Os agressores são ligeiramente mais velhos: 50% têm entre os 36 e os 50 anos e 25% têm mais de 50. "As relações mais prolongadas, entre idosos não constituem salvaguarda para as mulheres e a sua segurança tem de ser também resguardada com maior eficácia", salientam os responsáveis do OMA.
Em regra, são homens com quem a vítima ainda mantém uma relação, 62% nos homicídios e 58% nas tentativas. Mas "não deixa de ser extremamente preocupante que 38%, no caso dos homicídios, e 21%, no caso das tentativas, sejam levados a cabo por homens de quem as vítimas já se separaram", sublinham.
Lisboa (6), Castelo Branco, Vila Real e Santarém, estes últimos com três vítimas mortais cada, são os distritos que apresentam um maior número de mulheres assassinadas. Em relação aos meses, e ao contrário dos primeiros anos de levantamento do OMA, em que se registavam mais crimes no Verão, Novembro foi o mês com mais casos. Nestes seis anos, registaram-se já 208 homicídios e 243 tentativas de homicídio.
O levantamento do Observatório das Mulheres Assassinadas é baseado nas notícias dos jornais, existindo a preocupação de acompanhar as situações em que a vítima não tem morte imediata. Por Céu Neves
Sem comentários:
Enviar um comentário