quinta-feira, 25 de março de 2010

Israel e a guerra eterna: destino ou abuso de poder?

Sem retorno. Assim definirei a última acção israelita face a decisão de alargar "os terrenos palestineses recebidos com a força das armas "  no perímetro da cidade santa e maldita de Jerusalém. A decisão  foi ponderada, assim como o momento de comunicar-la; o primeiro anúncio teve lugar a quando da visita do Vice-presidente americano Joe Biden, acto que provocou uma ruptura nas relações entre os Estados Unidos e o principal aliado no Meio oriente. Das palavras, o Governo de  Telavive passa a acção no quase silêncio da Comunidade internacional. 

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Vista sobre Jerusalém

Sobre esta questão, partilho contigo duas pequenas considerações; a primeira é que tale iniciativa constitui um enorme desafio para Barack Obama, que após a sua abertura aos povos islâmicos e árabes, se sente comprometido na resolução da questão palestinesa. De facto, a relação entre os dois países continuam tensas não obstante as lobys hebraicas pressionem Obama a aceitar as decisões israelianas. Neste preciso momento se adverte uma aparente estabilidade entre os dois países, após a visita do Primeiro ministro israeliano Benjamin Netanyahu, que na ocasião não perdeu a oportunidade para lançar mais um desafio a leadership palestinesa, do presidente americano e do mundo civil que se sente responsável pelos destinos de outros povos menos atreçados para os desafios actuais. A Europa, na boca de Sarkozi e dos seus porta-vozes, ja reprovaram a intenção do Estado hebraico. Espero na China, na Índia, na Rússia, ma África do Sul, e porque não uma voz grossa da parte da União Africana.

Como segunda consideração, interpreto a decisão de Israel como grave ofensa às nações livres e democráticas que há muito esperam na resolução dialogada do conflito que se estende a quase meio século. Minha mãe nasceu, cresceu e continua a viver a guerra daqueles povos, o mesmo acontece comigo. Não sendo um mago, resto na perplexidade que tale decisão tenha aberto um novo capítulo nas razões de ódio por parte dos árabes e simpatizantes e da esquerda radical ocidental contra os hebreus. Vamos esperar que o  Primeiro ministro de Israel mude de ideia e que se abra finalmente uma nova estação de diálogo entre os dois contendentes de Jerusalém. A solução do conflito foi muitas vezes anunciada, mas nunca metida em prática: dois povos e dois estados segundo as resoluções das Nações Unidas e ulteriores acordos.

Francisco Pacavira

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