Luanda - Poucos acreditam na realização da manifestação de 7 de Março, promovida através da Internet de forma anónima.
Um nome fictício, Agostinho Jonas Roberto dos Santos, que reúne os nomes líderes dos movimentos independentistas de Angola e do actual Presidente, assinava o manifesto inicial de um Movimento Revolucionário do Povo Lutador de Angola (MRPLA), desconhecido até agora. O MPLA, partido do poder, e a UNITA, principal partido da oposição, demarcaram-se da iniciativa, assim como a Igreja Católica.
Entretanto, outros partidos, como o Partido Popular (PP), o PDP-ANA e os POCs, tentaram, esta semana, enquadrar a iniciativa no sistema político, o que terá motivado algumas pessoas a reivindicarem a sua autoria, entre os quais Dias Chilola e David Mendes, conhecido popularmente como o «advogado dos pobres» e defensor de vários presos políticos e activistas do chamado «Manifesto da Lunda Tchokwe».
Outras organizações também deram o seu aval à manifestação: Amplo Movimento Pelo Cidadão, o Fórum das Autoridades Tradicionais, a Mpalabanda e o Conselho de Coordenação dos Direitos Humanos.
A manifestação de segunda-feira pretende a destituição do actual Presidente da República, José Eduardo dos Santos, e a ideia tem sido alimentada por angolanos na diáspora, sediados principalmente em Londres. Trata-se de uma iniciativa que o MPLA tenta esvaziar com a antecipação de uma «Marcha pela Paz», este sábado.
Redação & PNN
Sem comentários:
Enviar um comentário