domingo, 27 de fevereiro de 2011

Crise Líbia: "Queremos democracia, não um regime islâmico", Abdul-Hakeem Elhsadi

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Resultados das manifestações anti Khadafi

Os opositores ao Presidente Kadhafi "querem uma democracia, não um regime islâmico", afirmou hoje à Lusa o homem que Khadafi acusa ser o chefe da Al-qaeda em Derna.

"Não queremos um emirado na Líbia, queremos um país livre", garantiu à Lusa Abdul-Hakeem Elhsadi, que esteve no Afeganistão entre 1996 e 2002 e que foi acusado por Khadafi de ser o chefe da Al-qaeda na região de Derna, uma das principais cidades controladas pelos opositores do regime.

Também o porta-voz do Comité Popular de Derna, Amer Saad Habie, disse que "a revolução foi feita para ter na Líbia uma democracia normal de país ocidental". Amer Saad Habie rejeitou mesmo a ideia de "um regime à turca" sugerida por um dos seus colaboradores.

"A Turquia continua a ser um país controlado pelos militares. Não é isso que a juventude líbia deseja", explicou Amer Saad Habie.

Derna regressa hoje à normalidade com a reabertura do porto, das escolas, dos bancos e das repartições, acrescentou Amer Saad Habie.

Derna, como outras cidades sob controlo dos rebeldes, está a ser gerida por um comité misto de civis e militares, segundo Amer Saad Habie, que é engenheiro informático.

"É um comité apenas provisório", sublinha Amer Saad Habie. O comité popular está sob a autoridade de um general, um dos oficiais superiores que se juntou a 19 de fevereiro ao levantamento popular no leste. Quanto ao destino de Khadafi, a vontade dos rebeldes em Derna é clara: "Se Khadafi não acaba, acabamos nós com ele", conclui o "emir" Hakeem.

Com Lusa e Agencias

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