Berna – A Suíça anunciou quinta-feira (24), com efeito imediato, o congelamento no país dos bens do líder líbio, Muammar Khadafi, e de seus parentes e aliados, informa a BBC.
A decisão, que proíbe a venda e o usufruto dos bens – inclusive imóveis –, tem origem na onda de violência na Líbia, na qual opositores do governo enfrentam forças fiéis a Khadafi, que está no poder desde 1969.
Ao anunciar a medida, o Ministério do Exterior suíço condenou "a violência cometida contra a população por parte das autoridades líbias, nos termos mais fortes possíveis" e disse que o congelamento visa a evitar qualquer apropriação indevida de bens líbios.
O Banco Central da Suíça estima que existam cerca de US$ 600 milhões (aproximadamente R$ 1 bilhão) em bens líbios na Suíça atualmente. Há três anos, a estimativa era que eles fossem cerca de US$ 6 bilhões (R$ 10 bilhões).
A Suíça também anunciou o congelamento dos bens dos ex-presidentes da Tunísia, Zine Al Abidine Ben Ali, e do Egito, Hosni Mubarak. Mas, em ambos os casos, a decisão foi comunicada depois que os dois líderes deixaram o poder, após semanas de protestos populares em seus países.
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